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authorDivay Prakash <divayprakash@users.noreply.github.com>2020-01-24 20:02:22 +0530
committerGitHub <noreply@github.com>2020-01-24 20:02:22 +0530
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@@ -5,12 +5,13 @@ contributors:
- ["Adam Bard", "http://adambard.com/"]
translators:
- ["Mariane Siqueira Machado", "https://twitter.com/mariane_sm"]
+ - ["Ygor Sad", "https://github.com/ysads"]
lang: pt-br
---
-Clojure é uma linguagem da família do Lisp desenvolvida para a JVM (máquina virtual Java). Possui uma ênfase muito mais forte em [programação funcional] (https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa%C3%A7%C3%A3o_funcional) pura do que Common Lisp, mas inclui diversas utilidades [STM](https://en.wikipedia.org/wiki/Software_transactional_memory) para lidar com estado a medida que isso se torna necessário.
+Clojure é uma linguagem da família do Lisp desenvolvida para a JVM (máquina virtual Java). Possui uma ênfase muito mais forte em [programação funcional] (https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa%C3%A7%C3%A3o_funcional) pura do que Common Lisp, mas inclui diversos recursos [STM](https://en.wikipedia.org/wiki/Software_transactional_memory) para lidar com estado e mutabilidade, caso isso seja necessário.
-Essa combinação permite gerenciar processamento concorrente de maneira muito simples, e frequentemente de maneira automática.
+Essa combinação permite gerenciar processamento concorrente de maneira muito simples - frequentemente, de modo automático.
(Sua versão de clojure precisa ser pelo menos 1.2)
@@ -18,367 +19,552 @@ Essa combinação permite gerenciar processamento concorrente de maneira muito s
```clojure
; Comentários começam por ponto e vírgula
-; Clojure é escrito em "forms", os quais são simplesmente
-; listas de coisas dentro de parênteses, separados por espaços em branco.
+; Código Clojure é escrito em formas - 'forms', em inglês. Tais estruturas são
+; simplesmente listas de valores encapsuladas dentro de parênteses, separados por
+; espaços em branco.
-; O "reader" (leitor) de Clojure presume que o primeiro elemento de
-; uma par de parênteses é uma função ou macro, e que os resto são argumentos.
+; Ao interpretar um código em Clojure, o interpretador ou leitor - do inglês 'reader' - assume
+; que o primeiro valor dentro de uma forma é uma função ou macro, de modo que os demais valores
+; são seus argumentos. Isso se deve ao fato de que Clojure, por ser uma derivação de Lisp,
+; usa notação prefixa (ou polonesa).
-: A primeira chamada de um arquivo deve ser ns, para configurar o namespace (espaço de nomes)
+; Num arquivo, a primeira chamada deve ser sempre para a função ns,
+; que é responsável por definir em qual namespace o código em questão
+; deve ser alocado
(ns learnclojure)
; Alguns exemplos básicos:
-; str cria uma string concatenando seus argumentos
-(str "Hello" " " "World") ; => "Hello World"
+; Aqui, str é uma função e "Olá" " " e "Mundo" são seus argumentos. O que ela faz é criar
+; uma string concatenando seus argumentos.
+(str "Olá" " " "Mundo") ; => "Olá Mundo"
-; Cálculos são feitos de forma direta e intuitiva
+; Note que espaços em branco separam os argumentos de uma função. Opcionalmente vírgulas
+; podem ser usadas, se você quiser.
+(str, "Olá", " ", "Mundo") ; => "Olá Mundo"
+
+; As operações matemáticas básicas usam os operadores de sempre
(+ 1 1) ; => 2
(- 2 1) ; => 1
(* 1 2) ; => 2
(/ 2 1) ; => 2
-; Você pode comparar igualdade utilizando =
+; Esses operadores aceitam um número arbitrário de argumentos
+(+ 2 2 2) ; = 2 + 2 + 2 => 6
+(- 5 1 1) ; = 5 - 1 - 1 => 3
+(* 3 3 3 3) ; = 3 * 3 * 3 * 3 => 81
+
+; Para verificar se dois valores são iguais, o operador = pode ser usado
(= 1 1) ; => true
(= 2 1) ; => false
-; Negação para operações lógicas
-(not true) ; => false
+; Para saber se dois valores são diferentes
+(not= 1 2) ; => true
+(not (= 1 2)) ; => true
-; Aninhar "forms" funciona como esperado
+; Conforme vimos acima, é possível aninhar duas formas
(+ 1 (- 3 2)) ; = 1 + (3 - 2) => 2
+(* (- 3 2) (+ 1 2)) ; = (3 - 2) * (1 + 2) => 3
+
+; Se a leitura ficar comprometida, as fórmulas também podem ser escritas em múltiplas linhas
+(* (- 3 2)
+ (+ 1 2)) ; => 3
+(*
+ (- 3 2)
+ (+ 1 2)) ; => 3
+
; Tipos
;;;;;;;;;;;;;
-; Clojure usa os tipos de objetos de Java para booleanos, strings e números.
-; Use `class` para inspecioná-los
-(class 1) ; Literais Integer são java.lang.Long por padrão
-(class 1.); Literais Float são java.lang.Double
-(class ""); Strings são sempre com aspas duplas, e são java.lang.String
+; Por ter interoperabilidade com Java, Clojure usa os tipos de objetos de Java para booleanos,
+; strings e números. Para descobrir qual o tipo de um valor, você pode usar a função `class`:
+(class 1234) ; Literais Integer são java.lang.Long por padrão
+(class 1.50) ; Literais Float são java.lang.Double
+(class "oi") ; Strings sempre usam aspas duplas e são java.lang.String
(class false) ; Booleanos são java.lang.Boolean
-(class nil); O valor "null" é chamado nil
-; Se você quiser criar um lista de literais, use aspa simples para
-; ela não ser avaliada
-'(+ 1 2) ; => (+ 1 2)
-; (que é uma abreviação de (quote (+ 1 2)))
+; Tenha cuidado, ao dividir valores inteiros:
+(= (/ 1 2)
+ (/ 1.0 2.0)) ; => false
+
+(class (/ 1 2)) ; => clojure.lang.Ratio
+(class (/ 1.0 2.0)) ; => java.lang.Double
+
+; Aqui temos uma diferença em relação a Java, pois valores nulos são representados por `nil`
+(class nil) ; nil
-; É possível avaliar uma lista com aspa simples
-(eval '(+ 1 2)) ; => 3
; Coleções e sequências
;;;;;;;;;;;;;;;;;;;
-; Listas são estruturas encadeadas, enquanto vetores são implementados como arrays.
-; Listas e Vetores são classes Java também!
-(class [1 2 3]); => clojure.lang.PersistentVector
-(class '(1 2 3)); => clojure.lang.PersistentList
+; Os dois tipos básicos de coleção são listas - "list" em inglês - e vetores - "vectors"
+; no original. A principal diferença entre eles se
+; dá pela implementação:
+; - Vetores são implementados como arrays
+; - Listas são listas ligadas
+(class [1 2 3]) ; => clojure.lang.PersistentVector
+(class '(1 2 3)) ; => clojure.lang.PersistentList
-; Uma lista é escrita como (1 2 3), mas temos que colocar a aspa
-; simples para impedir o leitor (reader) de pensar que é uma função.
-; Também, (list 1 2 3) é o mesmo que '(1 2 3)
+; Outra forma de declarar listas é usando a função list
+(list 1 2 3) ; => '(1 2 3)
-; "Coleções" são apenas grupos de dados
-; Listas e vetores são ambos coleções:
+; Clojure classifica conjuntos de dados de duas maneiras
+
+; "Coleções" são grupos simples de dados
+; Tanto listas quanto vetores são coleções:
(coll? '(1 2 3)) ; => true
(coll? [1 2 3]) ; => true
; "Sequências" (seqs) são descrições abstratas de listas de dados.
-; Apenas listas são seqs.
+; Sequências - ou seqs - são conjuntos de dados com avaliação "lazy"
+; Apenas listas são seqs:
(seq? '(1 2 3)) ; => true
(seq? [1 2 3]) ; => false
-; Um seq precisa apenas prover uma entrada quando é acessada.
-; Portanto, já que seqs podem ser avaliadas sob demanda (lazy) -- elas podem definir séries infinitas:
-(range 4) ; => (0 1 2 3)
-(range) ; => (0 1 2 3 4 ...) (uma série infinita)
-(take 4 (range)) ; (0 1 2 3)
+; Ter avaliação lazy significa que uma seq somente precisa prover uma informação quando
+; ela for requisitada. Isso permite às seqs representar listas infinitas.
+(range) ; => (0 1 2 3 4 ...)
+(cycle [1 2]) ; => (1 2 1 2 1 2 ...)
+(take 4 (range)) ; => (0 1 2 3)
-; Use cons para adicionar um item no início de uma lista ou vetor
+; A função cons é usada para adicionar um item ao início de uma lista ou vetor:
(cons 4 [1 2 3]) ; => (4 1 2 3)
(cons 4 '(1 2 3)) ; => (4 1 2 3)
-; Conj adiciona um item em uma coleção sempre do jeito mais eficiente.
-; Para listas, elas inserem no início. Para vetores, é inserido no final.
+; Já conj adiciona um item em uma coleção sempre do jeito mais eficiente.
+; Em listas, isso significa inserir no início. Já em vetores, ao final.
(conj [1 2 3] 4) ; => [1 2 3 4]
(conj '(1 2 3) 4) ; => (4 1 2 3)
-; Use concat para concatenar listas e vetores
+; Concatenação de coleções pode ser feita usando concat. Note que ela sempre gera uma
+; seq como resultado e está sujeita a problemas de perfomance em coleções grandes, por
+; conta da natureza lazy das seqs.
+(concat '(1 2) [3 4]) ; => (1 2 3 4)
(concat [1 2] '(3 4)) ; => (1 2 3 4)
-; Use filter, map para interagir com coleções
+; Outra forma de concatenar coleções é usando into. Ela não está sujeita a problemas
+; com a avaliação lazy, mas o resultado final da ordem e do tipo dos argumentos passados
+(into [1 2] '(3 4)) ; => [1 2 3 4]
+(into '(1 2) [3 4]) ; => (4 3 1 2)
+
+; Note que em into a ordem dos parâmetros influencia a coleção final.
+(into [1 2] '(3 4)) ; => (1 2 3 4)
+(into '(1 2) [3 4]) ; => (4 3 1 2)
+
+; As funções filter e map podem ser usadas para interagir com as coleções. Repare que
+; elas sempre retornam seqs, independentemente do tipo do seu argumento.
(map inc [1 2 3]) ; => (2 3 4)
-(filter even? [1 2 3]) ; => (2)
+(filter even? [1 2 3 4]) ; => (2 4)
+
+; Use reduce reduzir coleções a um único valor. Também é possível passar um argumento
+; para o valor inicial das operações
+(reduce + [1 2 3]) ; = (+ (+ (+ 1 2) 3) 4) => 10
+(reduce + 10 [1 2 3 4]) ; = (+ (+ (+ (+ 10 1) 2) 3) 4) => 20
+(reduce conj [] '(3 2 1)) ; = (conj (conj (conj [] 3) 2) 1) => [3 2 1]
+
+; Reparou na semelhança entre listas e as chamadas de código Clojure? Isso se deve ao
+; fato de que todo código clojure é escrito usando listas. É por isso que elas sempre
+; são declaradas com o caracter ' na frente. Dessa forma o interpretador não tenta
+; avaliá-las.
+'(+ 2 3) ; cria uma lista com os elementos +, 2 e 3
+(+ 2 3) ; o interpretador chama a função + passando como argumentos 2 e 3
-; Use reduce para reduzi-los
-(reduce + [1 2 3 4])
-; = (+ (+ (+ 1 2) 3) 4)
-; => 10
+; Note que ' é apenas uma abreviação para a função quote.
+(quote (1 2 3)) ; => '(1 2 3)
+
+; É possível passar uma lista para que o interpretador a avalie. Note que isso está
+; sujeito ao primeiro elemento da lista ser um literal com um nome de uma função válida.
+(eval '(+ 2 3)) ; => 5
+(eval '(1 2 3)) ; dá erro pois o interpretador tenta chamar a função 1, que não existe
-; Reduce pode receber um argumento para o valor inicial
-(reduce conj [] '(3 2 1))
-; = (conj (conj (conj [] 3) 2) 1)
-; => [3 2 1]
; Funções
;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;
-; Use fn para criar novas funções. Uma função sempre retorna
-; sua última expressão.
-(fn [] "Hello World") ; => fn
+; Use fn para criar novas funções. Uma função sempre retorna sua última expressão.
+(fn [] "Olá Mundo") ; => fn
+
+; Para executar suas funções, é preciso chamá-las, envolvendo-as em parênteses.
+((fn [] "Olá Mundo")) ; => "Olá Mundo"
+
+; Como isso não é muito prático, você pode nomear funções atribuindo elas a literais.
+; Isso torna muito mais fácil chamá-las:
+(def ola-mundo (fn [] "Olá Mundo")) ; => fn
+(ola-mundo) ; => "Olá Mundo"
-; (É necessário colocar parênteses para chamá-los)
-((fn [] "Hello World")) ; => "Hello World"
+; Você pode abreviar esse processo usando defn:
+(defn ola-mundo [] "Olá Mundo")
-; Você pode atribuir valores a variáveis utilizando def
-(def x 1)
-x ; => 1
+; Uma função pode receber uma lista de argumentos:
+(defn ola
+ [nome]
+ (str "Olá " nome))
+(ola "Jonas") ; => "Olá Jonas"
-; Atribua uma função para uma var
-(def hello-world (fn [] "Hello World"))
-(hello-world) ; => "Hello World"
+; É possível criar funções que recebam multivariadas, isto é, que aceitam números
+; diferentes de argumentos:
+(defn soma
+ ([] 0)
+ ([a] a)
+ ([a b] (+ a b)))
-; Você pode abreviar esse processo usando defn
-(defn hello-world [] "Hello World")
+(soma) ; => 0
+(soma 1) ; => 1
+(soma 1 2) ; => 3
-; O [] é uma lista de argumentos para um função.
-(defn hello [name]
- (str "Hello " name))
-(hello "Steve") ; => "Hello Steve"
+; Funções podem agrupar argumentos extras em uma seq:
+(defn conta-args
+ [& args]
+ (str "Você passou " (count args) " argumentos: " args))
+(conta-args 1 2 3 4) ; => "Você passou 4 argumentos: (1 2 3 4)"
-; Você pode ainda usar essa abreviação para criar funcões:
-(def hello2 #(str "Hello " %1))
-(hello2 "Fanny") ; => "Hello Fanny"
+; Você pode misturar argumentos regulares e argumentos em seq:
+(defn ola-e-conta
+ [nome & args]
+ (str "Olá " nome ", você passou " (count args) " argumentos extras"))
+(ola-e-conta "Maria" 1 2 3 4) ; => "Olá Maria, você passou 4 argumentos extras"
-; Vocé pode ter funções multi-variadic, isto é, com um número variável de argumentos
-(defn hello3
- ([] "Hello World")
- ([name] (str "Hello " name)))
-(hello3 "Jake") ; => "Hello Jake"
-(hello3) ; => "Hello World"
-; Funções podem agrupar argumentos extras em uma seq
-(defn count-args [& args]
- (str "You passed " (count args) " args: " args))
-(count-args 1 2 3) ; => "You passed 3 args: (1 2 3)"
+; Nos exemplos acima usamos def para associar nomes a funções, mas poderíamos usá-lo
+; para associar nomes a quaisquer valores:
+(def xis :x)
+xis ; => :x
-; Você pode misturar argumentos regulares e argumentos em seq
-(defn hello-count [name & args]
- (str "Hello " name ", you passed " (count args) " extra args"))
-(hello-count "Finn" 1 2 3)
-; => "Hello Finn, you passed 3 extra args"
+; Inclusive, tais literais podem possuir alguns caracteres não usuais em outras linguagens:
+(def *num-resposta* 42)
+(def conexao-ativa? true)
+(def grito-de-medo! "AAAAAAA")
+(def ->vector-vazio [])
+
+; É possível, inclusive, criar apelidos a nomes que já existem:
+(def somar! soma)
+(somar! 41 1) ; => 42
+
+; Uma forma rápida de criar funções é por meio de funções anônimas. Elas são ótimas
+; para manipulação de coleções e seqs, já que podem ser passadas para map, filter
+; e reduce. Nessas funções, % é substituído por cada um dos items na seq ou na coleção:
+(filter #(not= % nil) ["Joaquim" nil "Maria" nil "Antônio"]) ; => ("Joaquim" "Maria" "Antônio")
+(map #(* % (+ % 2)) [1 2]) ; => (3 8)
; Mapas
;;;;;;;;;;
-; Hash maps e array maps compartilham uma mesma interface. Hash maps são mais
-; rápidos para pesquisa mas não mantém a ordem da chave.
+; Existem dois tipos de mapas: hash maps e array maps. Ambos compartilham uma mesma
+; interface e funções. Hash maps são mais rápidos para retornar dados, mas não mantém
+; as chaves ordenadas.
(class {:a 1 :b 2 :c 3}) ; => clojure.lang.PersistentArrayMap
(class (hash-map :a 1 :b 2 :c 3)) ; => clojure.lang.PersistentHashMap
-; Arraymaps pode automaticamente se tornar hashmaps através da maioria das
-; operações se eles ficarem grandes o suficiente, portanto não há necessida de
-; se preocupar com isso.
-
-;Mapas podem usar qualquer valor que se pode derivar um hash como chave
+; Clojure converte automaticamente array maps em hash maps, por meio da maioria das
+; funções de manipulação de mapas, caso eles fiquem grandes o suficiente. Não é
+; preciso se preocupar com isso.
-
-; Mapas podem usar qualquer valor em que se pode derivar um hash como chave,
-; mas normalmente palavras-chave (keywords) são melhores.
-; Keywords são como strings mas com algumas vantagens.
+; Chaves podem ser qualquer valor do qual possa ser obtido um hash, mas normalmente
+; usam-se keywords como chave, por possuírem algumas vantagens.
(class :a) ; => clojure.lang.Keyword
-(def stringmap {"a" 1, "b" 2, "c" 3})
-stringmap ; => {"a" 1, "b" 2, "c" 3}
+; Keywords são como strings, porém, duas keywords de mesmo valor são sempre armazenadas
+; na mesma posição de memória, o que as torna mais eficientes.
+(identical? :a :a) ; => true
+(identical? (String. "a") (String. "a")) ; => false
-(def keymap {:a 1, :b 2, :c 3})
-keymap ; => {:a 1, :c 3, :b 2}
+(def mapa-strings {"a" 1 "b" 2 "c" 3})
+mapa-strings ; => {"a" 1, "b" 2, "c" 3}
-; A propósito, vírgulas são sempre tratadas como espaçoes em branco e não fazem nada.
+(def mapa-keywords {:a 1 :b 2 :c 3})
+mapa-keywords ; => {:a 1, :c 3, :b 2}
-; Recupere o valor de um mapa chamando ele como uma função
-(stringmap "a") ; => 1
-(keymap :a) ; => 1
+; Você pode usar um mapa como função para recuperar um valor dele:
+(mapa-strings "a") ; => 1
+(mapa-keywords :a) ; => 1
-; Uma palavra-chave pode ser usada pra recuperar os valores de um mapa
-(:b keymap) ; => 2
+; Se a chave buscada for uma keyword, ela também pode ser usada como função para recuperar
+; valores. Note que isso não funciona com strings.
+(:b mapa-keywords) ; => 2
+("b" mapa-strings) ; => java.lang.String cannot be cast to clojure.lang.IFn
-; Não tente isso com strings
-;("a" stringmap)
-; => Exception: java.lang.String cannot be cast to clojure.lang.IFn
+; Se você buscar uma chave que não existe, Clojure retorna nil:
+(mapa-strings "d") ; => nil
-; Buscar uma chave não presente retorna nil
-(stringmap "d") ; => nil
+; Use assoc para adicionar novas chaves em um mapa.
+(def mapa-keywords-estendido (assoc mapa-keywords :d 4))
+mapa-keywords-estendido ; => {:a 1, :b 2, :c 3, :d 4}
-; Use assoc para adicionar novas chaves para hash-maps
-(def newkeymap (assoc keymap :d 4))
-newkeymap ; => {:a 1, :b 2, :c 3, :d 4}
+; Mas lembre-se que tipos em Clojure são sempre imutáveis! Isso significa que o mapa
+; inicial continua com as mesmas informações e um novo mapa, com mais dados, é criado
+; a partir dele
+mapa-keywords ; => {:a 1, :b 2, :c 3}
-; Mas lembre-se, tipos em Clojure são sempre imutáveis!
-keymap ; => {:a 1, :b 2, :c 3}
+; assoc também pode ser usado para atualizar chaves:
+(def outro-mapa-keywords (assoc mapa-keywords :a 0))
+outro-mapa-keywords ; => {:a 0, :b 2, :c 3}
; Use dissoc para remover chaves
-(dissoc keymap :a :b) ; => {:c 3}
+(dissoc mapa-keywords :a :b) ; => {:c 3}
+
+; Mapas também são coleções - mas não seqs!
+(coll? mapa-keywords) ; => true
+(seq? mapa-keywords) ; => false
+
+; É possível usar filter, map e qualquer outra função de coleções em mapas.
+; Porém a cada iteração um vetor no formato [chave valor] vai ser passado como
+; argumento. Por isso é conveniente usar funções anônimas.
+(filter #(odd? (second %)) mapa-keywords) ; => ([:a 1] [:c 3])
+(map #(inc (second %)) mapa-keywords) ; => (2 3 4)
; Conjuntos
;;;;;;
-(class #{1 2 3}) ; => clojure.lang.PersistentHashSet
+; Conjuntos são um tipo especial de coleções que não permitem elementos repetidos.
+; Eles podem ser criados com #{} ou com a função set.
(set [1 2 3 1 2 3 3 2 1 3 2 1]) ; => #{1 2 3}
+(class #{1 2 3}) ; => clojure.lang.PersistentHashSet
-; Adicione um membro com conj
-(conj #{1 2 3} 4) ; => #{1 2 3 4}
+; Note que nem sempre um set vai armazenar seus elementos na ordem esperada.
+(def meu-conjunto #{1 2 3})
+meu-conjunto ; => #{1 3 2}
-; Remova um membro com disj
-(disj #{1 2 3} 1) ; => #{2 3}
+; Adição funciona normalmente com conj.
+(conj meu-conjunto 4) ; => #{1 4 3 2}
-; Test por existência usando set como função:
-(#{1 2 3} 1) ; => 1
-(#{1 2 3} 4) ; => nil
+; Remoção, no entanto, precisa ser feita com disj:
+(disj meu-conjunto 1) ; => #{3 2}
-; Existem muitas outras funções no namespace clojure.sets
+; Para saber se um elemento está em um conjunto, use-o como função. Nesse aspecto
+; conjuntos funcionam de maneira semelhante a mapas.
+(meu-conjunto 1) ; => 1
+(meu-conjunto 4) ; => nil
-; Forms úteis
-;;;;;;;;;;;;;;;;;
-; Construções lógicas em Clojure são como macros, e
-; se parecem com as demais
-(if false "a" "b") ; => "b"
-(if false "a") ; => nil
+; Condicionais e blocos
+;;;;;;;;;;;;;;;;;
-; Use let para criar um novo escopo associando sîmbolos a valores (bindings)
+; Você pode usar um bloco let para criar um escopo local, no qual estarão disponíveis
+; os nomes que você definir:
(let [a 1 b 2]
- (> a b)) ; => false
+ (+ a b)) ; => 3
-; Agrupe comandos juntos com "do"
-(do
- (print "Hello")
- "World") ; => "World" (prints "Hello")
+(let [cores {:yellow "Amarelo" :blue "Azul"}
+ nova-cor :red
+ nome-cor "Vermelho"]
+ (assoc cores nova-cor nome-cor)) ; => {:yellow "Amarelo", :blue "Azul", :red "Vermelho"}
-; Funções tem um do implícito
-(defn print-and-say-hello [name]
- (print "Saying hello to " name)
- (str "Hello " name))
-(print-and-say-hello "Jeff") ;=> "Hello Jeff" (prints "Saying hello to Jeff")
+; Formas do tipo if aceitam três argumentos: a condição de teste, o comando a ser
+; executado caso a condição seja positiva; e o comando para o caso de ela ser falsa.
+(if true "a" "b") ; => "a"
+(if false "a" "b") ; => "b"
+
+; Opcionalmente você pode não passar o último argumento, mas se a condição for falsa
+; o if vai retornar nil.
+(if false "a") ; => nil
+
+; A forma if somente aceita um comando para ser executado em cada caso. Se você
+; precisar executar mais comandos, você pode usar a função do:
+(if true
+ (do
+ (print "Olá ")
+ (print "Mundo"))) ; => escreve "Olá Mundo" na saída
+
+; Se você só deseja tratar o caso de sua condição ser verdadeira, o comando when é
+; uma alternativa melhor. Seu comportamento é idêntico a um if sem condição negativa.
+; Uma de suas vantagens é permitir a execução de vários comandos sem exigir do:
+(when true "a") ; => "a"
+(when true
+ (print "Olá ")
+ (print "Mundo")) ; => também escreve "Olá Mundo" na saída
+
+; Isso ocorre porque when possui um bloco do implícito. O mesmo se aplica a funções e
+; comandos let:
+(defn escreve-e-diz-xis
+ [nome]
+ (print "Diga xis, " nome)
+ (str "Olá " nome))
+(escreve-e-diz-xis "João") ;=> "Olá João", além de escrever "Diga xis, João" na saída.
+
+(let [nome "Nara"]
+ (print "Diga xis, " nome)
+ (str "Olá " nome)) ;=> "Olá João", além de escrever "Diga xis, João" na saída.
-; Assim como let
-(let [name "Urkel"]
- (print "Saying hello to " name)
- (str "Hello " name)) ; => "Hello Urkel" (prints "Saying hello to Urkel")
; Módulos
;;;;;;;;;;;;;;;
-; Use "use" para poder usar todas as funções de um modulo
+; Você pode usar a função use para carregar todas as funções de um módulo.
(use 'clojure.set)
-; Agora nós podemos usar operações com conjuntos
+; Agora nós podemos usar operações de conjuntos definidas nesse módulo:
(intersection #{1 2 3} #{2 3 4}) ; => #{2 3}
(difference #{1 2 3} #{2 3 4}) ; => #{1}
-; Você pode escolher um subconjunto de funções para importar
-(use '[clojure.set :only [intersection]])
-
-; Use require para importar um módulo
+; Isso porém não é uma boa prática pois dificulta saber de qual módulo cada função
+; veio, além de expor o código a conflitos de nomes, caso dois módulos diferentes
+; definam funções com o mesmo nome. A melhor forma de referenciar módulos é por meio
+; de require:
(require 'clojure.string)
-; Use / para chamar funções de um módulo
+; Com isso podemos chamar as funções de clojure.string usando o operador /
; Aqui, o módulo é clojure.string e a função é blank?
(clojure.string/blank? "") ; => true
-; Você pode dar para um módulo um nome mais curto no import
+; Porém isso não é muito prático, por isso é possível dar para um nome mais curto para
+; o módulo ao carregá-lo:
(require '[clojure.string :as str])
-(str/replace "This is a test." #"[a-o]" str/upper-case) ; => "THIs Is A tEst."
-; (#"" denota uma expressão regular literal)
+(str/replace "alguém quer teste?" #"[aeiou]" str/upper-case) ; => "AlgUém qUEr tEstE?"
-; Você pode usar require (e até "use", mas escolha require) de um namespace utilizando :require.
-; Não é necessário usar aspa simples nos seus módulos se você usar desse jeito.
+; Nesse exemplo usamos também a construção #"", que delimita uma expressão regular.
+
+; É possível carregar outros módulos direto na definição do namespace. Note que nesse
+; contexto não é preciso usar ' antes do vetor que define a importação do módulo.
(ns test
(:require
[clojure.string :as str]
[clojure.set :as set]))
+
+; Operadores thread
+;;;;;;;;;;;;;;;;;
+
+; Uma das funções mais interessantes de clojure são os operadores -> e ->> - respectivamente
+; thread-first e thread-last macros. Elas permitem o encadeamento de chamadas de funções,
+; sendo perfeitas para melhorar a legibilidade em transformações de dados.
+
+; -> usa o resultado de uma chamada como o primeiro argumento da chamada à função seguinte:
+(-> " uMa StRIng com! aLG_uNs ##problemas. "
+ (str/replace #"[!#_]" "")
+ (str/replace #"\s+" " ")
+ str/trim ; se a função só aceitar um argumento, não é preciso usar parênteses
+ (str/lower-case)) ; => "uma string com alguns problemas."
+
+; Na thread uma string com vários problemas foi passada como primeiro argumento à função
+; str/replace, que criou uma nova string, a partir da original, porém somente com caracteres
+; alfabéticos. Essa nova string foi passada como primeiro argumento para a chamada str/replace
+; seguinte, que criou uma nova string sem espaços duplos. Essa nova string foi então passada
+; como primeiro argumento para str/trim, que removeu espaços de seu início e fim, passando essa
+; última string para str/lower-case, que a converteu para caracteres em caixa baixa.
+
+; ->> é equivalente a ->, porém o retorno de cada função é passado como último argumento da
+; função seguinte. Isso é particularmente útil para lidar com seqs, já que as funções que
+; as manipulam sempre as tomam como último argumento.
+(->> '(1 2 3 4)
+ (filter even?) ; => '(2 4)
+ (map inc) ; => '(3 5)
+ (reduce *)) ; => 15
+
+
; Java
;;;;;;;;;;;;;;;;;
-; Java tem uma biblioteca padrão enorme e muito útil,
-; portanto é importante aprender como utiliza-la.
+; A biblioteca padrão de Java é enorme e possui inúmeros algoritmos e estruturas de
+; dados já implementados. Por isso é bastante conveniente saber como usá-la dentro
+; de Clojure.
-; Use import para carregar um modulo java
+; Use import para carregar um módulo Java.
(import java.util.Date)
-; Você pode importar usando ns também.
+; Você pode importar classes Java dentro de ns também:
(ns test
(:import java.util.Date
- java.util.Calendar))
+ java.util.Calendar
+ java.util.ArrayList))
; Use o nome da clase com um "." no final para criar uma nova instância
-(Date.) ; <a date object>
+(def instante (Date.))
+(class instante) => ; java.util.Date
+
+; Para chamar um método, use o operador . com o nome do método. Outra forma é
+; usar simplesmente .<nome do método>
+(. instante getTime) ; => retorna um inteiro representando o instante
+(.getTime instante) ; => exatamente o mesmo que acima
+
+; Para chamar métodos estáticos dentro de classes Java, use /
+(System/currentTimeMillis) ; => retorna um timestamp
-; Use . para chamar métodos. Ou, use o atalho ".method"
-(. (Date.) getTime) ; <a timestamp>
-(.getTime (Date.)) ; exatamente a mesma coisa.
+; Note que não é preciso importar o módulo System, pois ele está sempre presente
-; Use / para chamar métodos estáticos
-(System/currentTimeMillis) ; <a timestamp> (o módulo System está sempre presente)
+; Caso queira submeter uma instância de uma classe mutável a uma sequência de operações,
+; você pode usar a função doto. Ela é funciona de maneira semelhante à função -> - ou
+; thread-first -, exceto pelo fato de que ele opera com valores mutáveis.
+(doto (java.util.ArrayList.)
+ (.add 11)
+ (.add 3)
+ (.add 7)
+ (java.util.Collections/sort)) ; => #<ArrayList [3, 7, 11]>
-; Use doto para pode lidar com classe (mutáveis) de forma mais tolerável
-(import java.util.Calendar)
-(doto (Calendar/getInstance)
- (.set 2000 1 1 0 0 0)
- .getTime) ; => A Date. set to 2000-01-01 00:00:00
; STM
;;;;;;;;;;;;;;;;;
-; Software Transactional Memory é o mecanismo que Clojure usa para gerenciar
-; estado persistente. Tem algumas construções em Clojure que o utilizam.
+; Até aqui usamos def para associar nomes a valores. Isso, no entanto, possui algumas
+; limitações, já que, uma vez definido essa associação, não podemos alterar o valor
+; para o qual um nome aponta. Isso significa que nomes definidos com def não se
+; comportam como as variáveis de outras linguagens.
-; O atom é o mais simples. Passe pra ele um valor inicial
-(def my-atom (atom {}))
+; Para lidar com estado persistente e mutação de valores, Clojure usa o mecanismo Software
+; Transactional Memory. O atom é o mais simples de todos. Passe pra ele um valor inicial e
+; e ele criará um objeto que é seguro de atualizar:
+(def atom-mapa (atom {}))
-; Atualize o atom com um swap!.
-; swap! pega uma função e chama ela com o valor atual do atom
-; como primeiro argumento, e qualquer argumento restante como o segundo
-(swap! my-atom assoc :a 1) ; Coloca o valor do átomo my-atom como o resultado de (assoc {} :a 1)
-(swap! my-atom assoc :b 2) ; Coloca o valor do átomo my-atom como o resultado de (assoc {:a 1} :b 2)
+; Para acessar o valor de um atom, você pode usar a função deref ou o operador @:
+@atom-mapa ; => {}
+(deref atom-mapa) ; => {}
-; Use '@' para desreferenciar um atom e acessar seu valor
-my-atom ;=> Atom<#...> (Retorna o objeto do Atom)
-@my-atom ; => {:a 1 :b 2}
+; Para mudar o valor de um atom, você deve usar a função swap!
+; O que ela faz é chamar a função passada usando o atom como seu primeiro argumento. Com
+; isso, ela altera o valor do atom de maneira segura.
+(swap! atom-mapa assoc :a 1) ; Atribui a atom-mapa o resultado de (assoc {} :a 1)
+(swap! atom-mapa assoc :b 2) ; Atribui a atom-mapa o resultado de (assoc {:a 1} :b 2)
-; Abaixo um contador simples usando um atom
-(def counter (atom 0))
-(defn inc-counter []
- (swap! counter inc))
+; Observe que essas chamadas alteraram de fato o valor de atom-mapa. Seu novo valor é:
+@atom-mapa ; => {:a 1 :b 2}
-(inc-counter)
-(inc-counter)
-(inc-counter)
-(inc-counter)
-(inc-counter)
+; Isso é diferente de fazer:
+(def atom-mapa-2 (atom {}))
+(def atom-mapa-3 (assoc @atom-mapa-2 :a 1))
-@counter ; => 5
+; Nesse exemplo, atom-mapa-2 permanece com o seu valor original e é gerado um novo mapa,
+; atom-mapa-3, que contém o valor de atom-mapa-2 atualizado. Note que atom-mapa-3 é um
+; simples mapa, e não uma instância de um atom
+@atom-mapa-2 ; => {}
+atom-mapa-3 ; => {:a 1}
-; Outras construção STM são refs e agents.
+(class atom-mapa-2) ; => clojure.lang.Atom
+(class atom-mapa-3) ; => clojure.lang.PersistentArrayMap
+
+; A ideia é que o valor do atom só será atualizado se, após ser executada a função passada
+; para swap!, o atom ainda estiver com o mesmo valor de antes. Isto é, se durante a execução
+; da função alguém alterar o valor do atom, swap! reexecutará a função recebida usando o valor
+; atual do átoma como argumento.
+
+; Isso é ótimo em situações nas quais é preciso garantir a consistência de algum valor - tais
+; como sistemas bancários e sites de compra. Para mais exemplos e informações sobre outras
+; construções STM:
+
+; Exemplos e aplicações: https://www.braveclojure.com/zombie-metaphysics/
; Refs: http://clojure.org/refs
; Agents: http://clojure.org/agents
```
### Leitura adicional
-Esse tutorial está longe de ser exaustivo, mas deve ser suficiente para que você possa começar.
+Esse tutorial está longe de ser completo, mas deve ser suficiente para que você possa dar seus primeiros passos em Clojure.
+Caso queira aprender mais:
-Clojure.org tem vários artigos:
+* clojure.org tem vários artigos:
[http://clojure.org/](http://clojure.org/)
-Clojuredocs.org tem documentação com exemplos para quase todas as funções principais (pertecentes ao core):
+* Brave Clojure possui um e-book que explora em profundidade diversos recursos de clojure, incluindo ótimos exemplos:
+[https://www.braveclojure.com/](https://www.braveclojure.com/)
+
+* clojuredocs.org tem documentação com exemplos para quase todas as funções principais (pertecentes ao core):
[http://clojuredocs.org/quickref/Clojure%20Core](http://clojuredocs.org/quickref/Clojure%20Core)
-4Clojure é um grande jeito de aperfeiçoar suas habilidades em Clojure/Programação Funcional:
+* 4clojure possui alguns problemas e desafios interessantes para quem quiser treinar clojure ou programação funcional:
[http://www.4clojure.com/](http://www.4clojure.com/)
-Clojure-doc.org tem um bom número de artigos para iniciantes:
+* clojure-doc.org tem um bom número de artigos para iniciantes:
[http://clojure-doc.org/](http://clojure-doc.org/)
+
+Clojure for the Brave and True é um livro de introdução ao Clojure e possui uma versão gratuita online:
+[https://www.braveclojure.com/clojure-for-the-brave-and-true/](https://www.braveclojure.com/clojure-for-the-brave-and-true/)