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| author | Adam Bard <github@adambard.com> | 2013-09-08 21:47:16 -0700 | 
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| committer | Adam Bard <github@adambard.com> | 2013-09-08 21:47:16 -0700 | 
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| -rw-r--r-- | pt-br/go-pt.html.markdown | 308 | 
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| diff --git a/pt-br/go-pt.html.markdown b/pt-br/go-pt.html.markdown new file mode 100644 index 00000000..41a02c37 --- /dev/null +++ b/pt-br/go-pt.html.markdown @@ -0,0 +1,308 @@ +--- +name: Go +category: language +language: Go +filename: learngo-pt.go +lang: pt-pt +contributors: +    - ["Sonia Keys", "https://github.com/soniakeys"] +translators: +    - ["Nuno Antunes", "https://github.com/ntns"] +--- + +A linguagem Go foi criada a partir da necessidade de ver trabalho feito. Não  +é a última moda em ciências da computação, mas é a mais recente e mais rápida +forma de resolver os problemas do mundo real. + +Tem conceitos familiares de linguagens imperativas com tipagem estática. É  +rápida a compilar e rápida a executar, acrescentando mecanismos de concorrência +fáceis de entender para tirar partido dos CPUs multi-core de hoje em dia, e tem +recursos para ajudar com a programação em larga escala. + +Go vem com uma biblioteca padrão exaustiva e uma comunidade entusiasta. + +```go +// Comentário de uma linha +/* Comentário de +   várias linhas */ + +// A cláusula package aparece no início de cada arquivo. +// Main é um nome especial declarando um executável ao invés de uma biblioteca. +package main + +// A cláusula Import declara os pacotes referenciados neste arquivo. +import ( +    "fmt"      // Um pacote da biblioteca padrão da linguagem Go +    "net/http" // Sim, um servidor web! +    "strconv"  // Conversão de Strings +) + +// Definição de uma função. Main é especial. É o ponto de entrada para o +// programa executável. Goste-se ou não, a linguagem Go usa chavetas. +func main() { +    // A função Println envia uma linha para stdout. +    // É necessário qualifica-la com o nome do pacote, fmt. +    fmt.Println("Olá Mundo!") + +    // Chama outra função dentro deste pacote. +    beyondHello() +} + +// As funções declaram os seus parâmetros dentro de parênteses. Se a função +// não receber quaisquer parâmetros, é obrigatório usar parênteses vazios. +func beyondHello() { +    var x int // Declaração de variável. Tem de ser declarada antes de usar. +    x = 3     // Atribuição de variável. +    // Declarações "curtas" usam := para inferir o tipo, declarar e atribuir. +    y := 4 +    sum, prod := learnMultiple(x, y)        // a função retorna dois valores +    fmt.Println("soma:", sum, "produto:", prod)  +    learnTypes()                            // continuar a aprender! +} + +// As funções podem receber parâmetros e retornar (vários!) valores. +func learnMultiple(x, y int) (sum, prod int) { +    return x + y, x * y // retorna dois valores +} + +// Alguns tipos e literais básicos. +func learnTypes() { +    // Declarações "curtas" geralmente servem para o que pretendemos. +    s := "Aprender Go!" // tipo string  + +    s2 := `Uma string em "bruto"  +pode incluir quebras de linha.` // mesmo tipo string + +    // literal não-ASCII. A linguagem Go utiliza de raiz a codificação UTF-8. +    g := 'Σ' // tipo rune, um alias para uint32, que contém um código unicode + +    f := 3.14195 // float64, número de vírgula flutuante de 64bit (IEEE-754) +    c := 3 + 4i  // complex128, representado internamente com dois float64s + +    // Declaração de variáveis, com inicialização. +    var u uint = 7 // inteiro sem sinal, tamanho depende da implementação do Go +    var pi float32 = 22. / 7 + +    // Sintaxe de conversão de tipo, com declaração "curta". +    n := byte('\n') // byte é um alias para uint8 + +    // Os arrays têm tamanho fixo e definido antes da compilação.  +    var a4 [4]int           // um array de 4 ints, inicializado com ZEROS +    a3 := [...]int{3, 1, 5} // um array de 3 ints, inicializado como mostrado + +    // As slices têm tamanho dinâmico. Os arrays e as slices têm cada um as +    // suas vantagens mas o uso de slices é muito mais comum. +    s3 := []int{4, 5, 9}   // compare com a3. sem reticências aqui +    s4 := make([]int, 4)   // aloca uma slice de 4 ints, inicializada com ZEROS +    var d2 [][]float64     // declaração apenas, nada é alocado +    bs := []byte("uma slice") // sintaxe de conversão de tipos + +    p, q := learnMemory() // learnMemory retorna dois apontadores para int. +    fmt.Println(*p, *q)   // * segue um apontador. isto imprime dois ints. + +    // Os maps são um tipo de matriz associativa, semelhante aos tipos hash +    // ou dictionary que encontramos noutras linguagens. +    m := map[string]int{"três": 3, "quatro": 4} +    m["um"] = 1 + +    // As variáveis não usadas são um erro em Go. +    // O traço inferior permite "usar" uma variável, mas descarta o seu valor. +    _, _, _, _, _, _, _, _, _ = s2, g, f, u, pi, n, a3, s4, bs +    // Enviar para o stdout conta como utilização de uma variável. +    fmt.Println(s, c, a4, s3, d2, m) + +    learnFlowControl()  +} + +// A linguagem Go é totalmente garbage collected. Tem apontadores mas não  +// permite que os apontadores sejam manipulados com aritmética. Pode-se cometer +// um erro com um apontador nulo, mas não por incrementar um apontador. +func learnMemory() (p, q *int) { +    // A função retorna os valores p e q, que são do tipo apontador para int. +    p = new(int) // a função new aloca memória, neste caso para um int. +    // O int alocado é inicializado com o valor 0, p deixa de ser nil. +    s := make([]int, 20) // alocar 20 ints como um único bloco de memória +    s[3] = 7             // atribui o valor 7 a um deles +    r := -2              // declarar outra variável local +    return &s[3], &r     // & obtém o endereço de uma variável. +} + +func expensiveComputation() int { +    return 1e6 +} + +func learnFlowControl() { +    // As instruções if exigem o uso de chavetas, e não requerem parênteses. +    if true { +        fmt.Println("eu avisei-te") +    } +    // A formatação do código-fonte é "estandardizada" através do comando +    // da linha de comandos "go fmt." +    if false { +        // reclamar +    } else { +        // exultar +    } +    // Preferir o uso de switch em vez de ifs em cadeia. +    x := 1 +    switch x { +    case 0: +    case 1: +        // os cases não fazem "fall through" +    case 2: +        // esta linha só é executada se e só se x=2 +    } +    // Tal como a instrução if, a instrução for não usa parênteses. +    for x := 0; x < 3; x++ { // x++ é uma instrução, nunca uma expressão +        fmt.Println("iteração", x) +    } +    // note que, x == 1 aqui. + +    // A instrução for é a única para ciclos, mas assume várias formas. +    for { // ciclo infinito +        break    // brincadeirinha +        continue // nunca executado +    } +    // O uso de := numa instrução if permite criar uma variável local, +    // que existirá apenas dentro do bloco if. +    if y := expensiveComputation(); y > x { +        x = y +    } +    // As funções podem ser closures. +    xBig := func() bool { +        return x > 100 // referencia x, declarado acima da instrução switch. +    } +    fmt.Println("xBig:", xBig()) // true (1e6 é o último valor de x) +    x /= 1e5                     // agora temos x == 10  +    fmt.Println("xBig:", xBig()) // false + +    // Quando for mesmo necessário, pode usar o velho goto. +    goto love +love: + +    learnInterfaces() // Mais coisas interessantes chegando! +} + +// Define Stringer como uma interface consistindo de um método, String. +type Stringer interface { +    String() string +} + +// Define pair como uma struct com dois campos ints chamados x e y. +type pair struct { +    x, y int +} + +// Define um método para o tipo pair. O tipo pair implementa agora a  +// interface Stringer. +func (p pair) String() string { // p é chamado de "receptor" +    // Sprintf é outra função pública no pacote fmt. +    // Uso de pontos para referenciar os campos de p. +    return fmt.Sprintf("(%d, %d)", p.x, p.y) +} + +func learnInterfaces() { +    // Uma struct pode ser inicializada com os valores dos seus campos dentro +    // de chavetas, seguindo a mesma ordem com que os campos foram definidos. +    p := pair{3, 4} +    fmt.Println(p.String()) // chama o método String de p, que tem tipo pair. +    var i Stringer          // declara i do tipo interface Stringer. +    i = p                   // válido, porque pair implementa Stringer +    // Chama o método String de i, que tem tipo Stringer. Mesmo que acima. +    fmt.Println(i.String()) + +    // As funções no pacote fmt chamam o método String para pedir a um objecto +    // uma representação textual de si mesmo. +    fmt.Println(p) // mesmo que acima. Println chama o método String. +    fmt.Println(i) // mesmo que acima. + +    learnErrorHandling() +} + +func learnErrorHandling() { +    // ", ok" forma idiomática usada para saber se algo funcionou ou não. +    m := map[int]string{3: "três", 4: "quatro"} +    if x, ok := m[1]; !ok { // ok vai ser false porque 1 não está no map m. +        fmt.Println("ninguem lá") +    } else { +        fmt.Print(x) // x seria o valor, se 1 estivesse no map. +    } +    // Um valor de erro comunica mais informação sobre o problema. +    if _, err := strconv.Atoi("non-int"); err != nil { // _ descarta o valor +        // imprime "strconv.ParseInt: parsing "non-int": invalid syntax" +        fmt.Println(err) +    } +    // Vamos revisitar as interfaces um pouco mais tarde. Entretanto, +    learnConcurrency() +} + +// c é um channel, um objecto para comunicação concurrency-safe. +func inc(i int, c chan int) { +    c <- i + 1 // <- é operador "enviar" quando um channel aparece à esquerda. +} + +// Vamos usar a função inc para incrementar números de forma concorrente. +func learnConcurrency() { +    // A mesma função make usada anteriormente para alocar uma slice. +    // Make aloca e inicializa slices, maps, e channels. +    c := make(chan int) +    // Inicia três goroutines concorrentes. Os números serão incrementados de +    // forma concorrente, talvez em paralelo se a máquina for capaz e estiver +    // configurada correctamente. As três goroutines enviam para o mesmo canal. +    go inc(0, c) // go é a instrução para iniciar uma goroutine. +    go inc(10, c) +    go inc(-805, c) +    // Lê três resultados do channel c e imprime os seus valores. +    // Não se pode dizer em que ordem os resultados vão chegar! +    fmt.Println(<-c, <-c, <-c) // channel na direita, <- é operador "receptor". + +    cs := make(chan string)       // outro channel, este lida com strings. +    cc := make(chan chan string)  // channel que lida com channels de strings. +    go func() { c <- 84 }()       // inicia uma goroutine para enviar um valor +    go func() { cs <- "palavroso" }() // outra vez, para o channel cs desta vez +    // A instrução select tem uma sintaxe semelhante à instrução switch mas +    // cada caso envolve uma operação com channels. Esta instrução seleciona,  +    // de forma aleatória, um caso que esteja pronto para comunicar. +    select { +    case i := <-c: // o valor recebido pode ser atribuído a uma variável +        fmt.Printf("é um %T", i) +    case <-cs: // ou o valor recebido pode ser descartado +        fmt.Println("é uma string") +    case <-cc: // channel vazio, não se encontra pronto para comunicar. +        fmt.Println("não aconteceu") +    } +    // Neste ponto um valor foi recebido de um dos channels c ou cs. Uma das +    // duas goroutines iniciadas acima completou, a outra continua bloqueada. + +    learnWebProgramming() // Go faz. Você quer faze-lo também. +} + +// Basta apenas uma função do pacote http para iniciar um servidor web. +func learnWebProgramming() { +    // O primeiro parâmetro de ListenAndServe é o endereço TCP onde escutar. +    // O segundo parâmetro é uma interface, especificamente http.Handler. +    err := http.ListenAndServe(":8080", pair{}) +    fmt.Println(err) // não ignorar erros +} + +// Tornar pair um http.Handler ao implementar o seu único método, ServeHTTP. +func (p pair) ServeHTTP(w http.ResponseWriter, r *http.Request) { +    // Servir dados com um método de http.ResponseWriter +    w.Write([]byte("Aprendeu Go em Y minutos!")) +} +``` + +## Leitura Recomendada + +A principal fonte de informação é o [web site oficial Go](http://golang.org/). +Lá é possível seguir o tutorial, experimentar de forma iterativa, e ler muito. + +A própria especificação da linguagem é altamente recomendada. É fácil de ler e +incrivelmente curta (em relação ao que é habitual hoje em dia). + +Na lista de leitura para os aprendizes de Go deve constar o [código fonte da  +biblioteca padrão](http://golang.org/src/pkg/). Exaustivamente documentado, é +a melhor demonstração de código fácil de ler e de perceber, do estilo Go, e da +sua escrita idiomática. Ou então clique no nome de uma função na [documentação] +(http://golang.org/pkg/) e veja o código fonte aparecer! + | 
