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authorClaudson Martins <claudson@outlook.com>2015-10-19 13:07:17 -0300
committerClaudson Martins <claudson@outlook.com>2015-10-19 13:07:17 -0300
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Ruby Ecosystem translation to portuguese
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new file mode 100644
index 00000000..0298f8a1
--- /dev/null
+++ b/pt-br/ruby-ecosystem-pt.html.markdown
@@ -0,0 +1,147 @@
+---
+category: tool
+tool: ruby ecosystem
+contributors:
+ - ["Jon Smock", "http://github.com/jonsmock"]
+ - ["Rafal Chmiel", "http://github.com/rafalchmiel"]
+translators:
+ - ["Claudson Martins", "http://github.com/claudsonm"]
+lang: pt-br
+
+---
+
+Pessoas utilizando Ruby geralmente têm uma forma de instalar diferentes versões
+do Ruby, gerenciar seus pacotes (ou gemas) e as dependências das gemas.
+
+## Gerenciadores Ruby
+
+Algumas plataformas possuem o Ruby pré-instalado ou disponível como um pacote.
+A maioria dos "rubistas" não os usam, e se usam, é apenas para inicializar outro
+instalador ou implementação do Ruby. Ao invés disso, rubistas tendêm a instalar
+um gerenciador para instalar e alternar entre diversas versões do Ruby e seus
+ambientes de projeto.
+
+Abaixo estão os gerenciadores Ruby mais populares:
+
+* [RVM](https://rvm.io/) - Instala e alterna entre os rubies. RVM também possui
+ o conceito de gemsets para isolar os ambientes dos projetos completamente.
+* [ruby-build](https://github.com/sstephenson/ruby-build) - Apenas instala os
+ rubies. Use este para um melhor controle sobre a instalação de seus rubies.
+* [rbenv](https://github.com/sstephenson/rbenv) - Apenas alterna entre os rubies.
+ Usado com o ruby-build. Use este para um controle mais preciso sobre a forma
+ como os rubies são carregados.
+* [chruby](https://github.com/postmodern/chruby) - Apenas alterna entre os rubies.
+ A concepção é bastante similar ao rbenv. Sem grandes opções sobre como os
+ rubies são instalados.
+
+## Versões do Ruby
+
+O Ruby foi criado por Yukihiro "Matz" Matsumoto, que continua a ser uma espécie
+de [BDFL](https://en.wikipedia.org/wiki/Benevolent_Dictator_for_Life), embora
+isso esteja mudando recentemente. Como resultado, a implementação de referência
+do Ruby é chamada de MRI (Matz' Reference Implementation), e quando você ver uma
+versão do Ruby, ela está se referindo a versão de lançamento do MRI.
+
+As três principais versões do Ruby em uso são:
+
+* 2.0.0 - Lançada em Fevereiro de 2013. Maioria das principais bibliotecas e
+ suporte a frameworks 2.0.0.
+* 1.9.3 - Lançada em Outubro de 2011. Está é a versão mais utilizada pelos rubistas
+ atualmente. Também [aposentada](https://www.ruby-lang.org/en/news/2015/02/23/support-for-ruby-1-9-3-has-ended/)
+* 1.8.7 - O Ruby 1.8.7 foi
+ [aposentado](http://www.ruby-lang.org/en/news/2013/06/30/we-retire-1-8-7/).
+
+A diferença entre a versão 1.8.7 para 1.9.x é muito maior do que a da 1.9.3 para
+a 2.0.0. Por exemplo, a série 1.9 introduziu encodes e uma VM bytecode. Ainda
+existem projetos na versão 1.8.7, mas eles estão tornando-se uma pequena minoria
+pois a maioria da comunidade migrou para a versão, pelo menos, 1.9.2 ou 1.9.3.
+
+## Implementações Ruby
+
+O ecossistema Ruby conta com várias diferentes implementações do Ruby, cada uma
+com pontos fortes e estados de compatibilidade. Para ser claro, as diferentes
+implementações são escritas em diferentes linguagens, mas *todas elas são Ruby*.
+Cada implementação possui hooks especiais e recursos extra, mas todas elas
+executam arquivos normais do Ruby tranquilamente. Por exemplo, JRuby é escrita
+em Java, mas você não precisa saber Java para utilizá-la.
+
+Muito maduras/compatíveis:
+
+* [MRI](https://github.com/ruby/ruby) - Escrita em C, esta é a implementação de
+ referência do Ruby. Por definição, é 100% compatível (consigo mesma). Todos os
+ outros rubies mantêm compatibilidade com a MRI (veja [RubySpec](#rubyspec) abaixo).
+* [JRuby](http://jruby.org/) - Escrita em Java e Ruby, esta implementação
+ robusta é um tanto rápida. Mais importante ainda, o ponto forte do JRuby é a
+ interoperabilidade com JVM/Java, aproveitando ferramentas JVM, projets, e
+ linguagens existentes.
+* [Rubinius](http://rubini.us/) - Escrita principalmente no próprio Ruby, com
+ uma VM bytecode em C++. Também madura e rápida. Por causa de sua implementação
+ em Ruby, ela expõe muitos recursos da VM na rubyland.
+
+Medianamente maduras/compatíveis:
+
+* [Maglev](http://maglev.github.io/) - Construída em cima da Gemstone, uma
+ máquina virtual Smalltalk. Smalltalk possui algumas ferramentas impressionantes,
+ e este projeto tenta trazer isso para o desenvolvimento Ruby.
+* [RubyMotion](http://www.rubymotion.com/) - Traz o Ruby para o desenvolvimento iOS.
+
+Pouco maduras/compatíveis:
+
+* [Topaz](http://topazruby.com/) - Escrita em RPython (usando o conjunto de
+ ferramentas PyPy), Topaz é bastante jovem e ainda não compatível. Parece ser
+ promissora como uma implementação Ruby de alta performance.
+* [IronRuby](http://ironruby.net/) - Escrita em C# visando a plataforma .NET,
+ o trabalho no IronRuby parece ter parado desde que a Microsoft retirou seu apoio.
+
+Implementações Ruby podem ter seus próprios números de lançamento, mas elas
+sempre focam uma versão específica da MRI para compatibilidade. Diversas
+implementações têm a capacidade de entrar em diferentes modos (1.8 ou 1.9, por
+exemplo) para especificar qual versão da MRI focar.
+
+## RubySpec
+
+A maioria das implementações Ruby dependem fortemente da [RubySpec](http://rubyspec.org/).
+Ruby não tem uma especificação oficial, então a comunidade tem escrito
+especificações executáveis em Ruby para testar a compatibilidade de suas
+implementações com a MRI.
+
+## RubyGems
+
+[RubyGems](http://rubygems.org/) é um gerenciador de pacotes para Ruby mantido
+pela comunidade. RubyGems vem com o Ruby, portanto não é preciso baixar separadamente.
+
+Os pacotes do Ruby são chamados de "gemas", e elas podem ser hospedadas pela
+comunidade em RubyGems.org. Cada gema contém seu código-fonte e alguns metadados,
+incluindo coisas como versão, dependências, autor(es) e licença(s).
+
+## Bundler
+
+[Bundler](http://bundler.io/) é um gerenciador de dependências para as gemas.
+Ele usa a Gemfile de um projeto para encontrar dependências, e então busca as
+dependências dessas dependências de forma recursiva. Ele faz isso até que todas
+as dependências sejam resolvidas e baixadas, ou para se encontrar um conflito.
+
+O Bundler gerará um erro se encontrar um conflito entre dependências. Por exemplo,
+se a gema A requer versão 3 ou maior que a gema Z, mas a gema B requer a versão
+2, o Bundler irá notificá-lo que há um conflito. Isso se torna extremamente útil
+quando diversas gemas começam a referenciar outras gemas (que referem-se a outras
+gemas), o que pode formar uma grande cascata de dependências a serem resolvidas.
+
+# Testes
+
+Testes são uma grande parte da cultura do Ruby. O Ruby vem com o seu próprio
+framework de teste de unidade chamado minitest (ou TestUnit para Ruby versão 1.8.x).
+Existem diversas bibliotecas de teste com diferentes objetivos.
+
+* [TestUnit](http://ruby-doc.org/stdlib-1.8.7/libdoc/test/unit/rdoc/Test/Unit.html)
+ - Framework de testes "Unit-style" para o Ruby 1.8 (built-in)
+* [minitest](http://ruby-doc.org/stdlib-2.0.0/libdoc/minitest/rdoc/MiniTest.html)
+ - Framework de testes para o Ruby 1.9/2.0 (built-in)
+* [RSpec](http://rspec.info/) - Um framework de testes que foca na expressividade
+* [Cucumber](http://cukes.info/) - Um framework de testes BDD que analisa testes Gherkin formatados
+
+## Seja Legal
+
+A comunidade Ruby orgulha-se de ser uma comunidade aberta, diversa, e receptiva.
+O próprio Matz é extremamente amigável, e a generosidade dos rubistas em geral
+é incrível.