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authorDavid Lima <dave@blogdodave.com.br>2018-10-30 20:16:06 -0300
committerDavid Lima <dave@blogdodave.com.br>2018-10-31 16:27:37 -0300
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index 00000000..13264dec
--- /dev/null
+++ b/pt-br/haxe-pt.html.markdown
@@ -0,0 +1,795 @@
+---
+language: haxe
+filename: LearnHaxe3-br.hx
+contributors:
+ - ["Justin Donaldson", "https://github.com/jdonaldson/"]
+ - ["Dan Korostelev", "https://github.com/nadako/"]
+translators:
+ - ["David Lima", "https://github.com/davelima/"]
+lang: pt-br
+---
+
+Haxe é uma linguagem baseada na web que provê suporte a C++, C#, SWF/ActionScript,
+Java e Neko byte code (também desenvolvida pelo autor de Haxe). Observe que
+este guia é para a versão 3 de Haxe. Alguns pontos do guia são aplicáveis
+para versões anteriores, mas é recomendado que você busque outras referências
+para essas versões.
+
+
+```csharp
+/*
+ Bem vindo ao Aprenda Haxe 3 em 15 minutos. http://www.haxe.org
+ Este é um tutorial executável. Você pode compilar e rodar este tutorial
+ usando o compilador haxe, estando no mesmo diretório de LearnHaxe.hx:
+ $> haxe -main LearnHaxe3 -x out
+
+ Olhe para os sinais de /* e */ em volta desses parágrafos. Nós estamos
+ dentro de um "Comentário multilinha". Nós podemos colocar observações aqui
+ e elas serão ignoradas pelo compilador.
+
+ Comentários multilinha também são utilizados para gerar documentação haxedoc,
+ seguindo o estilo javadoc. Eles serão usados pelo haxedoc se precerem imediatamente
+ uma classe, uma função de uma classe ou uma variável de uma classe.
+
+ */
+
+// Duas barras, como as dessa linha, farão um comentário de linha única.
+
+
+/*
+ Este será o primeiro código haxe de verdade, e está declarando um pacote vazio.
+ Não é necessário usar um pacote, mas ele será útil se você quiser criar
+ um namespace para o seu código (exemplo: org.seuapp.SuaClasse).
+
+ Omitir a declaração de pacote é a mesma coisa que declarar um pacote vazio.
+ */
+package; // pacote vazio, sem namespace.
+
+/*
+ Pacotes são diretórios que contém módulos. Cada módulo é um arquivo .hx que
+ contém tipos definidos em um pacote. Nomes de pacotes (ex. org.seuapp)
+ devem estar em letras minúsculas, enquanto nomes de módulos devem começar
+ com uma letra maiúscula. Um módulo contem um ou mais tipos, cujo os nomes
+ também devem começar com uma letra maiúscula.
+
+ Exemplo: a classe "org.seuapp.Foo" deve ter a estrutura de diretório org/module/Foo.hx,
+ sendo acessível do diretório do compilador ou caminho da classe.
+
+ Se você importar código de outros arquivos, isso deve ser declarado antes
+ do restante do código. Haxe disponibiliza várias classes padrões para você
+ começar:
+ */
+import haxe.ds.ArraySort;
+
+// você pode importar várias classes/módulos de uma vez usando "*"
+import haxe.ds.*;
+
+// você pode importar campos estáticos
+import Lambda.array;
+
+// você também pode usar "*" para importar todos os campos estáticos
+import Math.*;
+
+/*
+ Você também pode importar classes de uma forma diferente, habilitando-as para
+ extender a funcionalidade de outras classes, como um "mixin". Falaremos sobre
+ "using" em breve.
+ */
+using StringTools;
+
+/*
+ Typedefs são como variáveis... para tipos. Eles devem ser declarados antes
+ de qualquer código. Veremos isso em breve.
+ */
+typedef FooString = String;
+
+// Typedefs também podem referenciar tipos "estruturais". Também veremos isso em breve.
+typedef FooObject = { foo: String };
+
+/*
+ Esta é a definição da classe. É a classe principal do arquivo, visto que
+ possui o mesmo nome (LearnHaxe3)
+ */
+class LearnHaxe3{
+ /*
+ Se você quiser que um determinado código rode automaticamente, você
+ precisa colocá-lo em uma função estática "main", e especificar a classe
+ nos argumentos do compilador.
+ Nesse caso, nós especificamos a classe "LearnHaxe3" no nos argumentos
+ do compilador acima.
+ */
+ static function main(){
+
+ /*
+ Trace é o método padrão para imprimir expressões haxe na tela.
+ Temos diferentes métodos para conseguir isso em diferentes destinos.
+ Por exemplo: Java, C++, C#, etc. irão imprimir para stdout.
+ Javascript irá imprimir no console.log, e Flash irá imprimir para um
+ TextField anexado. Todos os "traces" imprimem também uma linha em branco
+ por padrão. Por fim, é possível prevenir um trace de ser exibido usando
+ o argumento "--no-traces" no compilador.
+ */
+ trace("Olá mundo, com trace()!");
+
+ /*
+ Trace pode tratar qualquer tipo de valor ou objeto. O método tentará
+ imprimir a representação de uma expressão da melhor forma. Você também
+ pode concatenar strings usando o operador "+":
+ */
+ trace( " Integer: " + 10 + " Float: " + 3.14 + " Boolean: " + true);
+
+ /*
+ Em Haxe, é obrigatório separar expressões no mesmo bloco com ';'. Mas
+ é possível colocar duas expressões na mesma linha, dessa forma:
+ */
+ trace('duas expressões..'); trace('uma linha');
+
+
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ // Tipos & Variáveis
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ trace("***Tipos & Variáveis***");
+
+ /*
+ Vcoê pode atrelar valores e referências à estruturas usando a
+ palavra-chave "var":
+ */
+ var um_inteiro:Int = 1;
+ trace(um_inteiro + " é o valor de um_inteiro");
+
+
+ /*
+ Haxe é tipada estaticamente, então "um_inteiro" temos que declarar
+ um valor do tipo "Int", e o restante da expressão atrela o valor "1"
+ a esta variável. Em muitos casos, não é necessário declarar o tipo.
+ Aqui, o compilador haxe assume que o tipo de "outro_inteiro" deve
+ ser "Int"
+ */
+ var outro_inteiro = 2;
+ trace(outro_inteiro + " é o valor de outro_inteiro");
+
+ // O método $type() imprime o tipo que o compilador assume:
+ $type(outro_inteiro);
+
+ // Você também pode representar inteiros em hexadecimal:
+ var hex_inteiro = 0xffffff;
+
+ /*
+ Haxe usa precisão de pltaforma para os tamanhos de Int e Float.
+ Ele também usa o comportamento de plataforma para sobrecarga.
+ (É possível ter outros tipos numéricos e comportamentos usando
+ bibliotecas especiais)
+ */
+
+ /*
+ Em adição a valores simples como Integers, Floats e Booleans,
+ Haxe disponibiliza implementações padrões de bibliotecas para
+ dados comuns de estrutura como strings, arrays, lists e maps:
+ */
+
+ var uma_string = "alguma" + 'string'; // strings podem estar entre aspas simples ou duplas
+ trace(uma_string + " é o valor de uma_string");
+
+ /*
+ Strings podem ser "interpoladas" se inserirmos variáveis em
+ posições específicas. A string deve estar entre aspas simples, e as
+ variáveis devem ser precedidas por "$". Expressões podem estar entre
+ ${...}.
+ */
+ var x = 1;
+ var uma_string_interpolada = 'o valor de x é $x';
+ var outra_string_interpolada = 'o valor de x + 1 é ${x + 1}';
+
+ /*
+ Strings são imutáveis, métodos retornarão uma cópia de partes
+ ou de toda a string. (Veja também a classe StringBuf)
+ */
+ var uma_sub_string = a_string.substr(0,4);
+ trace(uma_sub_string + " é o valor de a_sub_string");
+
+ /*
+ Regex também são suportadas, mas não temos espaço suficiente para
+ entrar em muitos detalhes.
+ */
+ var re = ~/foobar/;
+ trace(re.match('foo') + " é o valor de (~/foobar/.match('foo')))");
+
+ /*
+ Arrays são indexadas a partir de zero, dinâmicas e mutáveis. Valores
+ faltando são definidos como null.
+ */
+ var a = new Array<String>(); // um array que contém Strings
+ a[0] = 'foo';
+ trace(a.length + " é o valor de a.length");
+ a[9] = 'bar';
+ trace(a.length + " é o valor de a.length (depois da modificação)");
+ trace(a[3] + " é o valor de a[3]"); // null
+
+ /*
+ Arrays são *genéricas*, então você pode indicar quais valores elas
+ contém usando um parâmetro de tipo:
+ */
+ var a2 = new Array<Int>(); // um Array de Ints
+ var a3 = new Array<Array<String>>(); // um Array de Arrays (de Strings).
+
+ /*
+ Mapas são estruturas simples de chave/valor. A chave e o valor podem
+ ser de qualquer tipo.
+ */
+ var m = new Map<String, Int>(); // As chaves são strings, os valores são Ints.
+ m.set('foo', 4);
+ // Você também pode usar a notação de array;
+ m['bar'] = 5;
+ trace(m.exists('bar') + " é o valor de m.exists('bar')");
+ trace(m.get('bar') + " é o valor de m.get('bar')");
+ trace(m['bar'] + " é o valor de m['bar']");
+
+ var m2 = ['foo' => 4, 'baz' => 6]; // Syntaxe alternativa de map
+ trace(m2 + " é o valor de m2");
+
+ /*
+ Lembre-se, você pode usar descoberta de tipo. O compilador
+ Haxe irá decidir o tipo da variável assim que você passar um
+ argumento que define um parâmetro de tipo.
+ */
+ var m3 = new Map();
+ m3.set(6, 'baz'); // m3 agora é Map<Int,String>
+ trace(m3 + " é o valor de m3");
+
+ /*
+ Haxe possui mais algumas estruturas de dados padrões no módulo haxe.ds,
+ tais como List, Stack e BalancedTree
+ */
+
+
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ // Operadores
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ trace("***OPERADORES***");
+
+ // aritmética básica
+ trace((4 + 3) + " é o valor de (4 + 3)");
+ trace((5 - 1) + " é o valor de (5 - 1)");
+ trace((2 * 4) + " é o valor de (2 * 4)");
+ trace((8 / 3) + " é o valor de (8 / 3) (divisão sempre produz Floats)");
+ trace((12 % 4) + " é o valor de (12 % 4)");
+
+
+ // comparação básica
+ trace((3 == 2) + " é o valor de 3 == 2");
+ trace((3 != 2) + " é o valor de 3 != 2");
+ trace((3 > 2) + " é o valor de 3 > 2");
+ trace((3 < 2) + " é o valor de 3 < 2");
+ trace((3 >= 2) + " é o valor de 3 >= 2");
+ trace((3 <= 2) + " é o valor de 3 <= 2");
+
+ // operadores bit-a-bit padrões
+ /*
+ ~ Complemento bit-a-bit unário
+ << Deslocamento a esquerda
+ >> Deslocamento a direita
+ >>> Deslocamento a direita com preenchimento de 0
+ & Bit-a-bit AND
+ ^ Bit-a-bit OR exclusivo
+ | Bit-a-bit OR inclusivo
+ */
+
+ // incrementos
+ var i = 0;
+ trace("Incrementos e decrementos");
+ trace(i++); //i = 1. Pós-incremento
+ trace(++i); //i = 2. Pré-incremento
+ trace(i--); //i = 1. Pós-decremento
+ trace(--i); //i = 0. Pré-decremento
+
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ // Estruturas de controle
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ trace("***ESTRUTURAS DE CONTROLE***");
+
+ // operadores if
+ var j = 10;
+ if (j == 10){
+ trace("isto é impresso");
+ } else if (j > 10){
+ trace("não é maior que 10, então não é impresso");
+ } else {
+ trace("também não é impresso.");
+ }
+
+ // temos também um if "ternário":
+ (j == 10) ? trace("igual a 10") : trace("diferente de 10");
+
+ /*
+ Por fim, temos uma outra forma de estrutura de controle que opera
+ e na hora da compilação: compilação condicional.
+ */
+#if neko
+ trace('olá de neko');
+#elseif js
+ trace('olá de js');
+#else
+ trace('olá de outra plataforma!');
+#end
+ /*
+ O código compilado irá mudar de acordo com o alvo de plataforma.
+ Se estivermos compilando para neko (-x ou -neko), só teremos a
+ saudação de neko.
+ */
+
+
+ trace("Loops e Interações");
+
+ // loop while
+ var k = 0;
+ while(k < 100){
+ // trace(counter); // irá iprimir números de 0 a 99
+ k++;
+ }
+
+ // loop do-while
+ var l = 0;
+ do{
+ trace("do sempre rodará pelo menos uma vez");
+ } while (l > 0);
+
+ // loop for
+ /*
+ Não há loop for no estilo C para Haxe, pois é propenso
+ a erros e não é necessário. Ao invés disso, Haxe possui
+ uma versão muito mais simples e segura que usa Iterators
+ (veremos isso logo mais).
+ */
+ var m = [1,2,3];
+ for (val in m){
+ trace(val + " é o valor de val no array m");
+ }
+
+ // Perceba que você pode iterar em um índice usando uma lista limitada
+ // (veremos isso em breve também)
+ var n = ['foo', 'bar', 'baz'];
+ for (val in 0...n.length){
+ trace(val + " é o valor de val (um índice de n)");
+ }
+
+
+ trace("Compreensões de array");
+
+ // Compreensões de array servem para que você posse iterar um array
+ // enquanto cria filtros e modificações
+ var n_filtrado = [for (val in n) if (val != "foo") val];
+ trace(n_filtrado + " é o valor de n_filtrado");
+
+ var n_modificado = [for (val in n) val += '!'];
+ trace(n_modificado + " é o valor de n_modificado");
+
+ var n_filtrado_e_modificado = [for (val in n) if (val != "foo") val += "!"];
+ trace(n_filtrado_e_modificado + " é o valor de n_filtrado_e_modificado");
+
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ // Blocos Switch (Tipos de valor)
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ trace("***BLOCOS SWITCH (Tipos de valor)***");
+
+ /*
+ Blocos Switch no Haxe são muito poderosos. Além de funcionar com
+ valores básicos como strings e ints, também funcionam com tipos
+ algébricos em enums (falaremos sobre enums depois).
+ Veja alguns exemplos de valor básico por enquanto:
+ */
+ var meu_cachorro = "fido";
+ var coisa_favorita = "";
+ switch(meu_cachorro){
+ case "fido" : favorite_thing = "osso";
+ case "rex" : favorite_thing = "sapato";
+ case "spot" : favorite_thing = "bola de tênis";
+ default : favorite_thing = "algum brinquedo desconhecido";
+ // case _ : favorite_thing = "algum brinquedo desconhecido"; // mesma coisa que default
+ }
+ // O case "_" acima é um valor "coringa" que
+ // que funcionará para qualquer coisa.
+
+ trace("O nome do meu cachorro é " + meu_cachorro
+ + ", e sua coisa favorita é: "
+ + coisa_favorita);
+
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ // Declarações de expressão
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ trace("***DECLARAÇÕES DE EXPRESSÃO***");
+
+ /*
+ As declarações de controle em Haxe são muito poderosas pois
+ toda declaração também é uma expressão, considere o seguinte:
+ */
+
+ // declarações if
+ var k = if (true) 10 else 20;
+
+ trace("k igual a ", k); // retorna 10
+
+ var outra_coisa_favorita = switch(meu_cachorro) {
+ case "fido" : "ursinho";
+ case "rex" : "graveto";
+ case "spot" : "bola de futebol";
+ default : "algum brinquedo desconhecido";
+ }
+
+ trace("O nome do meu cachorro é " + meu cachorro
+ + ", e sua outra coisa favorita é: "
+ + outra_coisa_favorita);
+
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ // Convertendo tipos de valores
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ trace("***CONVERTENDO TIPOS DE VALORES***");
+
+ // Você pode converter strings em ints de forma bem fácil.
+
+ // string para int
+ Std.parseInt("0"); // retorna 0
+ Std.parseFloat("0.4"); // retorna 0.4;
+
+ // int para string
+ Std.string(0); // retorna "0";
+ // concatenar com strings irá converter automaticamente em string.
+ 0 + ""; // retorna "0";
+ true + ""; // retorna "true";
+ // Veja a documentação de parseamento em Std para mais detalhes.
+
+
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ // Lidando com Tipos
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+
+ /*
+ Como mencionamos anteriormente, Haxe é uma linguagem tipada
+ estaticamente. Tipagem estática é uma coisa maravilhosa. Isto
+ permite autocompletar mais preciso, e pode ser usado para checar
+ completamente o funcionamento de um programa. Além disso, o compilador
+ Haxe é super rápido.
+
+ *ENTRETANTO*, há momentos em que você espera que o compilador apenas
+ deixe algo passar, e não lance um "type error" em um determinado caso.
+
+ Para fazer isso, Haxe tem duas palavras-chave separadas. A primeira
+ é o tipo "Dynamic":
+ */
+ var din: Dynamic = "qualquer tipo de variável, assim como essa string";
+
+ /*
+ Tudo o que você sabe sobre uma variável Dynamic é que o compilador
+ não irá mais se preocupar com o tipo dela. É como uma variável
+ "coringa": você pode usar isso ao invés de qualquer tipo de variável,
+ e você pode atrelar qualquer valor a essa variável.
+
+ A outra (e mais extrema) opção é a palavra-chave "untyped":
+ */
+
+ untyped {
+ var x:Int = 'foo'; // não faz sentido!
+ var y:String = 4; // loucura!
+ }
+
+ /*
+ A palavra-chave "untyped" opera em *blocos* inteiros de código,
+ ignorando qualquer verificação de tipo que seria obrigatória em
+ outros casos. Essa palavra-chave deve ser usada com muita cautela,
+ como em situações limitadas de compilação condicional onde a
+ verificação de tipo pode ser um obstáculo.
+
+ No geral, ignorar verificações de tipo *não* é recomendado. Use
+ os modelos de enum, herança ou estrutural para garantir o correto
+ funcionamento do seu programa. Só quando você tiver certeza de que
+ nenhum desses modelos funcionam no seu caso, você deve usar "Dynamic"
+ ou "untyped".
+ */
+
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ // Programação básica orientada a objetos
+ //////////////////////////////////////////////////////////////////
+ trace("***PROGRAMAÇÃO BÁSICA ORIENTADA A OBJETOS***");
+
+
+ /*
+ Cria uma instância da FooClass. As definicções dessas classes
+ estão no final do arquivo.
+ */
+ var instancia_foo = new FooClass(3);
+
+ // lê a variável pública normalmente
+ trace(instancia_foo.variavel_publica + " é o valor de instancia_foo.variavel_publica");
+
+ // nós podemos ler essa variável
+ trace(instancia_foo.publica_leitura + " é o valor de instancia_foo.publica_leitura");
+ // mas não podemos escrever nela
+ // instancia_foo.publica_leitura = 4; // isso irá causar um erro se descomentado:
+ // trace(instancia_foo.public_escrita); // e isso também.
+
+ // chama o método toString:
+ trace(instancia_foo + " é o valor de instancia_foo");
+ // mesma coisa:
+ trace(instancia_foo.toString() + " é o valor de instancia_foo.toString()");
+
+
+ /*
+ A instancia_foo é do tipo "FooClass", enquanto acceptBarInstance
+ é do tipo BarClass. Entretanto, como FooClass extende BarClass,
+ ela é aceita.
+ */
+ BarClass.acceptBarInstance(instancia_foo);
+
+ /*
+ As classes abaixo têm mais alguns exemplos avançados, o método
+ "example()" executará esses exemplos aqui:
+ */
+ SimpleEnumTest.example();
+ ComplexEnumTest.example();
+ TypedefsAndStructuralTypes.example();
+ UsingExample.example();
+
+ }
+
+}
+
+/*
+ Essa é a "classe filha" do classe principal LearnHaxe3
+ */
+class FooClass extends BarClass implements BarInterface{
+ public var variavel_publica:Int; // variáveis públicas são acessíveis de qualquer lugar
+ public var publica_leitura (default, null): Int; // somente leitura pública habilitada
+ public var publica_escrita (null, default): Int; // somente escrita pública habilitada
+ public var property (get, set): Int; // use este estilo para habilitar getters e setters
+
+ // variáveis privadas não estão disponíveis fora da classe.
+ // veja @:allow para formas de fazer isso.
+ var _private:Int; // variáveis são privadas se não forem marcadas como públicas
+
+ // um construtor público
+ public function new(arg:Int){
+ // chama o construtor do objeto pai, já que nós extendemos a BarClass:
+ super();
+
+ this.variavel_publica = 0;
+ this._private = arg;
+
+ }
+
+ // getter para _private
+ function get_property() : Int {
+ return _private;
+ }
+
+ // setter para _private
+ function set_property(val:Int) : Int {
+ _private = val;
+ return val;
+ }
+
+ // função especial que é chamada sempre que uma instância é convertida em string.
+ public function toString(){
+ return _private + " com o método toString()!";
+ }
+
+ // essa classe precisa ter essa função definida, pois ela implementa
+ // a interface BarInterface
+ public function baseFunction(x: Int) : String{
+ // converte o int em string automaticamente
+ return x + " foi passado pela baseFunction!";
+ }
+}
+
+/*
+ Uma classe simples para extendermos
+*/
+class BarClass {
+ var base_variable:Int;
+ public function new(){
+ base_variable = 4;
+ }
+ public static function acceptBarInstance(b:BarClass){
+ }
+}
+
+/*
+ Uma interface simples para implementarmos
+*/
+interface BarInterface{
+ public function baseFunction(x:Int):String;
+}
+
+//////////////////////////////////////////////////////////////////
+// Declarações Enum e Switch
+//////////////////////////////////////////////////////////////////
+
+/*
+ Enums no Haxe são muito poderosos. Resumidamente, enums são
+ um tipo com um número limitado de estados:
+ */
+
+enum SimpleEnum {
+ Foo;
+ Bar;
+ Baz;
+}
+
+// Uma classe que faz uso desse enum:
+
+class SimpleEnumTest{
+ public static function example(){
+ var e_explicit:SimpleEnum = SimpleEnum.Foo; // você pode especificar o nome "completo"
+ var e = Foo; // bas descoberta de tipo também funciona.
+ switch(e){
+ case Foo: trace("e era Foo");
+ case Bar: trace("e era Bar");
+ case Baz: trace("e era Baz"); // comente esta linha e teremos um erro.
+ }
+
+ /*
+ Isso não parece tão diferente de uma alteração simples de valor em strings.
+ Entretanto, se nós não incluirmos *todos* os estados, o compilador
+ reclamará. Você pode testar isso comentando a linha mencionada acima.
+
+ Você também pode especificar um valor padrão (default) para enums:
+ */
+ switch(e){
+ case Foo: trace("e é Foo outra vez");
+ default : trace("default funciona aqui também");
+ }
+ }
+}
+
+/*
+ Enums vão muito mais além que estados simples, nós também
+ podemos enumerar *construtores*, mas nós precisaremos de um
+ exemplo mais complexo de enum:
+ */
+enum ComplexEnum{
+ IntEnum(i:Int);
+ MultiEnum(i:Int, j:String, k:Float);
+ SimpleEnumEnum(s:SimpleEnum);
+ ComplexEnumEnum(c:ComplexEnum);
+}
+// Observação: O enum acima pode incluir *outros* enums também, incluindo ele mesmo!
+// Observação: Isto é o que chamamos de *Tipos de dado algébricos* em algumas outras linguagens.
+
+class ComplexEnumTest{
+ public static function example(){
+ var e1:ComplexEnum = IntEnum(4); // especificando o parâmetro enum
+ /*
+ Agora nós podemos usar switch no enum, assim como extrair qualquer
+ parâmetros que ele possa ter.
+ */
+ switch(e1){
+ case IntEnum(x) : trace('$x foi o parâmetro passado para e1');
+ default: trace("Isso não deve ser impresso");
+ }
+
+ // outro parâmetro aqui que também é um enum... um enum enum?
+ var e2 = SimpleEnumEnum(Foo);
+ switch(e2){
+ case SimpleEnumEnum(s): trace('$s foi o parâmetro passado para e2');
+ default: trace("Isso não deve ser impresso");
+ }
+
+ // enum dentro de enum dentro de enum
+ var e3 = ComplexEnumEnum(ComplexEnumEnum(MultiEnum(4, 'hi', 4.3)));
+ switch(e3){
+ // Você pode buscar por certos enums aninhados especificando-os
+ // explicitamente:
+ case ComplexEnumEnum(ComplexEnumEnum(MultiEnum(i,j,k))) : {
+ trace('$i, $j, e $k foram passados dentro desse monstro aninhado.');
+ }
+ default: trace("Isso não deve ser impresso");
+ }
+ /*
+ Veja outros "tipos de dado algébricos" (GADT, do inglês) para mais
+ detalhes sobre o porque eles são tão úteis.
+ */
+ }
+}
+
+class TypedefsAndStructuralTypes {
+ public static function example(){
+ /*
+ Aqui nós usaremos tipos typedef, ao invés de tipos base.
+ Lá no começo, nós definimos que o tipo "FooString" é um tipo "String".
+ */
+ var t1:FooString = "alguma string";
+
+ /*
+ Aqui nós usamos typedefs para "tipos estruturais" também. Esses tipos
+ são definidos pela sua estrutura de campos, não por herança de classe.
+ Aqui temos um objeto anônimo com um campo String chamado "foo":
+ */
+
+ var anon_obj = { foo: 'hi' };
+
+ /*
+ A variável anon_obj não tem um tipo declarado, e é um objeto anônimo
+ de acordo com o compilador. Entretanto, lembra que lá no início nós
+ declaramos a typedef FooObj? Visto que o anon_obj tem a mesma estrutura,
+ nós podemos usar ele em qualquer lugar que um "FooObject" é esperado.
+ */
+
+ var f = function(fo:FooObject){
+ trace('$fo foi passado para esta função');
+ }
+ f(anon_obj); // chama a assinatura de FooObject com anon_obj.
+
+ /*
+ Note que typedefs podem ter campos opcionais também, marcados com "?"
+
+ typedef OptionalFooObj = {
+ ?optionalString: String,
+ requiredInt: Int
+ }
+ */
+
+ /*
+ Typedefs também funcionam com compilação condicional. Por exemplo,
+ nós poderíamos ter incluído isso no topo deste arquivo:
+
+#if( js )
+ typedef Surface = js.html.CanvasRenderingContext2D;
+#elseif( nme )
+ typedef Surface = nme.display.Graphics;
+#elseif( !flash9 )
+ typedef Surface = flash8.MovieClip;
+#elseif( java )
+ typedef Surface = java.awt.geom.GeneralPath;
+#end
+
+ E teríamos apenas um tipo "Surface" para funcionar em todas
+ essas plataformas.
+ */
+ }
+}
+
+class UsingExample {
+ public static function example() {
+
+ /*
+ A palavra-chave "using" é um tipo especial de import de classe que
+ altera o comportamento de qualquer método estático na classe.
+
+ Neste arquivo, nós aplicamos "using" em "StringTools", que contém
+ alguns métodos estáticos para tratar tipos String.
+ */
+ trace(StringTools.endsWith("foobar", "bar") + " deve ser verdadeiro!");
+
+ /*
+ Com um import "using", o primeiro argumento é extendido com o método.
+ O que isso significa? Bem, como "endsWith" tem um primeiro argumento
+ de tipo "String", isso significa que todos os tipos "String" agora
+ possuem o método "endsWith":
+ */
+ trace("foobar".endsWith("bar") + " deve ser verdadeiro!");
+
+ /*
+ Essa técnica habilita uma grande quantidade de expressões para certos
+ tipos, e limita o escopo de modificações para um único arquivo.
+
+ Note que a instância String *não* é modificada em tempo de execução.
+ O novo método adicionado não é uma parte da instância anexada, e o
+ compilador ainda irá gerar o código equivalente ao método estático.
+ */
+ }
+
+}
+
+```
+Isso foi apenas o começo do que Haxe pode fazer. Para uma documentação de todos
+os recursos de Haxe, veja o [manual](https://haxe.org/manual) e a
+[documentação de API](https://api.haxe.org/). Para um diretório de bibliotecas de terceiros
+disponíveis, veja a [Haxelib](https://lib.haxe.org/)
+
+Para tópicos mais avançados, dê uma olhada em:
+
+* [Tipos abstratos](https://haxe.org/manual/types-abstract.html)
+* [Macros](https://haxe.org/manual/macro.html)
+* [Recursos do compilador](https://haxe.org/manual/cr-features.html)
+
+Por fim, participe do [forum Haxe](https://community.haxe.org/),
+ou no IRC [#haxe onfreenode](http://webchat.freenode.net/), ou no
+[Chat Gitter](https://gitter.im/HaxeFoundation/haxe).